Abelha Repórter

Ela largaria tudo pelas abelhas: Sarah, a bióloga que sonha transformar a meliponicultura em política pública no Estado de São Paulo

20/05/2025 13:36
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Sarah se formou em Biologia pela USP de Ribeirão Preto, mas é de Batatais, cidade conhecida por sua hospitalidade e paisagens rurais. “Sempre fui aquela criança que queria cuidar dos bichos. Tirava formigas do caminho, levava passarinho machucado pra casa. Fazer Biologia era um caminho natural”, conta.

Foi em 2019, em uma feira de produtos artesanais em São Paulo, que a vida dela mudou de direção. Encantada por uma pequena caixa com uma colônia de abelhas Jataí e pelo trabalho artesanal da Heborá — uma iniciativa criada por mulheres que transformam produtos da colmeia em cosméticos e alimentos naturais —, Sarah se apaixonou pelas abelhas nativas sem ferrão. O reencontro com Juliana, uma ex-colega de faculdade e fundadora do projeto, foi o empurrão que faltava para ela mergulhar de vez nesse universo.

Desde então, passou a buscar cursos, referências e formas de se inserir na área. Mesmo trabalhando atualmente num laboratório de pesquisa com Fisiologia do Exercício na USP, Sarah alimenta o sonho de se transferir para o Laboratório de Abelhas do Instituto de Biociências. "Não é simples se movimentar dentro da universidade, mas sigo tentando. O que me move é o amor por essas abelhas incríveis e o desejo de fazer a diferença", diz.

No ano passado, Sarah decidiu dar mais um passo em direção ao seu sonho: iniciou a pós-graduação em Apicultura e Meliponicultura na Universidade de Taubaté (UNITAU). Como parte do curso, precisa desenvolver uma pesquisa e publicar um artigo. Inspirada pela amiga Kátia Aleixo, que realizou um importante diagnóstico da apicultura paulista, ela resolveu voltar seus olhos à meliponicultura no Estado de São Paulo.

Um retrato necessário da meliponicultura paulista

A proposta de Sarah é simples e poderosa: traçar um panorama real da criação de abelhas sem ferrão no estado, entendendo quem são os meliponicultores, que espécies criam, quantas colônias mantêm, como fazem o manejo e quais atividades estão envolvidas em seu trabalho. “A gente precisa saber como a atividade está acontecendo, o que está funcionando, o que precisa de apoio. Só assim vamos conseguir avançar em políticas públicas, em organização de cadeia produtiva e no reconhecimento de quem faz esse trabalho fundamental para o meio ambiente”, explica.

A pesquisa é orientada pelo professor Antônio Carlos Pereira Jr e está sendo realizada por meio de um questionário simples e anônimo. Nenhuma pessoa é identificada, e os dados coletados servirão para compor um diagnóstico coletivo da atividade no Estado.

Como ajudar a transformar a realidade das abelhas sem ferrão

Se você é criador(a) de abelhas sem ferrão no Estado de São Paulo, Sarah precisa da sua ajuda. Responder ao questionário leva poucos minutos e pode fazer uma enorme diferença para o futuro da meliponicultura.

📝 Clique aqui para responder o formulário:
👉 https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSf6eSzSrGWSkV62k1fYYUEBpbokUWR6ZlHBndCunBNJF9YW4w/viewform?usp=sf_link

Com a sua participação, será possível construir um retrato mais justo, completo e real da meliponicultura no Estado de São Paulo. A pesquisa não é apenas um TCC. É o começo de uma mudança. E começa com você.

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